A Biblioteca Municipal Camilo Castelo Branco acolhe, no próximo dia 22 de junho, pelas 21h., a apresentação do livro Como quem conta histórias à lareira, de Conceição Fernandes. Como quem conta histórias à lareira, de Conceição Fernandes, é um livro sobre mulheres. Mulheres submissas e inconformistas. Mulheres dignas e libertinas. Mulheres criticadas numa época, mas abrindo caminhos para o futuro.
As personagens destas histórias, sejam elas corajosas e determinadas (como Maria Joaquina ou Palmira Augusta), sejam vulneráveis e vítimas do destino (como a adúltera de Gualtar ou Clarinha), são retratos palpáveis, de grande realismo, que merecem estar ao lado de célebres figuras que fazem parte do nosso imaginário nacional, como Ana Plácido ou Leonor Teles, como Inês de Castro de Os Lusíadas ou a Ama do Auto da Índia.
Todas elas compõem uma imagem eloquente da realidade feminina portuguesa que, através de lutas individuais e coletivas, procuram conquistar a igualdade e a liberdade a que tinham direito.
Uma luta que continua atual e para a qual este livro dá um contributo muito expressivo. Maria da Conceição Vieira Pereira Fernandes, nasceu a 9 de junho de 1964, em S. Mamede, concelho e distrito de Braga.
Fez todo o seu percurso académico em Braga, tendo-se licenciado em Humanidades Clássicas pela Universidade Católica Portuguesa.
Posteriormente, fez uma pós-graduação em Educação de Adultos pela Universidade do Minho.
Pertence ao Agrupamento de Escolas D. Sancho I, e afirma que "a lecionação foi a profissão escolhida, da qual se orgulha". Entre professora, formadora, explicadora, ser mãe, mulher e cidadã, sempre arranjou tempo para causas sociais, tendo sido no ano 2012/2013, presidente do Lions Clube de Braga, e causas políticas, tendo sido membro efetivo de várias assembleias de freguesia da qual reside.
Tem obra publicada como Não posso esquecer as margens do Rio Este, é coautora do livro A magia do enxoval, participa na elaboração da Antologia de poesia contemporânea, vol. VI e VIII, da Chiado Editora e colabora por vezes em programas de rádio, sempre em temas ligados ao património, cultura e tradições.
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